quinta-feira, 25 de março de 2010

Educador a melhor das Profissões


Sou advogada formada e atuante, muitas pessoas não sabem e as que passam a saber, me questionam dos motivos que me levam a continuar atuando como educadora de séries iniciais ou, como faço para conciliar as duas profissões.

Respondo que ambas as profissões exigem respeito, responsabilidade, dedicação, planejamento ... Todavia, o magistério me dá motivos especiais para continuar atuante. Senão vejamos:

Em que outra profissão poderias pôr laços no cabelo, fazer penteados inovadores e ver um desfile de moda todas as manhãs?

Onde te diriam todos os dias “És linda”?!!!

Em que outro trabalho te abraçariam para te dizerem o quanto te querem?

Em que outro lado te esquecerias das tuas tristezas para atender a tanto joelho esfolado, e coração afligido?

Onde receberias mais flores?

Onde mais poderias iniciar na escrita,
uma mãozinha que, quem sabe, um dia poderá escrever um livro?

Em que outro lugar receberias de presente um sorriso como este?

Em que outro lugar te fariam um retrato grátis através de um desenho?

Em que outro lugar as tuas palavras causariam tanta admiração?

Em que trabalho te receberiam de braços abertos depois de teres faltado um dia?
Onde poderias aprofundar os teus conhecimentos sobre bichos da seda, caracóis, formigas e borboletas?

Em que outro lugar derramarias lágrimas por ter que terminar um ano de relações tão felizes?


Sinto-me GRANDE

Trabalhando com pequenos

sábado, 20 de março de 2010

VIII SEMESTRE

Damos início este penúltimo semestre do curso de Pedagogia, a hora é chegada. Hora de provarmos que tudo que aprendemos valeu à pena. É a hora de pormos em prática nossos novos conhecimentos.

O momento é unir a experiência, a teoria, a prática, muita dedicação, afetividade, alegria, capacidade científica, domínio técnico e, acima de tudo, o amor que temos pela profissão.

Vale lembrar as palavras do ilustre Paulo Freire:
“Lidamos com gente e não com coisas.”



Ser educador nos dias de hoje
Raquel Martins

Os nossos meninos não são os de antes…
Trocaram os brinquedos de madeira pelos sofisticados
brinquedos de luz e som, que só com o simples toque numa
tecla fazem aparecer o mundo fantástico da eletrônica.

As educadoras não são as de antes…
Fotocopiam, ampliam, colam papéis de texturas maravilhosas,
e reconstroem pegadas de animais pré-históricos só com o
simples ato de misturar água e gesso…

Mas há coisas que não mudam, que o tempo e os anos
respeitam… O olhar de uma criança de mão dada com o/a
seu/sua educador(a) e o contato silencioso, caloroso,
são sinais entranhados de um código único,
de um sentimento profundo de amizade.

Uma criança e o/a seu/sua educador(a)…são capazes de tudo.
Podem passar horas juntos escutando cantigas, resolvendo
problemas com carícias e pauzinhos ou simplesmente brincar
com a imaginação. Podem fazer as maiores invenções e tentar
salvar o mundo plantando uma árvore.

Não são as crianças de antes…
As educadoras e os educadores não são os de antes…
O mundo não é o de antes...

Mas há coisas que não mudam, a capacidade de
deslumbramento, a força da natureza, o olhar de uma
criança e o carinho de um(a) educador(a)
que se entrega sem condições, dia-a-dia,
que sonham e trabalham juntos por um mundo
melhor, com um código único, eterno, poderoso,
indestrutível: o de uma profunda amizade.