sábado, 30 de outubro de 2010

REFLEXÃO 6º SEMESTRE



No VI Semestre do curso de Pedagogia EAD- UFRGS, tive a oportunidade de estudar as seguintes interdisciplinas: Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II, Educação de Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais, Filosofia da Educação, Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História,Seminário Integrador VI.

Os estudos nas interdisciplinas citadas acima acrescentaram muito no meu aprendizado e conseqüentemente na minha atuação como docente.

Observei que meus anseios e angústias em relação aos alunos portadores de necessidades especiais, não eram apenas meus, estes sentimentos atingem a maioria dos educadores. Conhecemos um pouco mais de como funciona o atendimento especializado que deve estar disponíveis para nossas crianças. Porém neste ano letivo me decepcionei com o atendimento especializado em nosso município. Tenho três crianças na minha turma que necessitam de atendimento especializado. Já estamos em novembro nenhuma delas e nenhuma criança da minha escola foi atendida. Não sei exatamente qual o motivo se político ou apenas burocrático, eu fiz o que pude. O fato que elas precisam deste atendimento e infelizmente a evolução no aprendizado que eu previa não foi satisfatória. Fico triste, pois tudo é muito bonito no papel, porém na prática é totalmente diferente.

Em Filosofia e Educação, aprendemos desenvolver o senso crítico utilizando os diferentes textos de estudos propostos durante o semestre. Aprendemos também identificar e argumentar conceitos dentro destes mesmos textos tais como, princípios morais, a ética, imparcialidade, universalidade, razão entre outros e ainda, vimos e refletimos a educação sob o ponto de vista de grandes filósofos.

Questões Étnico-Raciais na Educação: Sociologia e História, refletimos profundamente. A primeira atividade realizada tinha como titulo “eu e os outros”, tínhamos que falar de sobre nossas características físicas e psicológicas, vimos o quanto é difícil falar de nós mesmos de argumentar e analisar. Realizamos entrevistas com alunos. Elaboramos um mosaico étnico-racial.

No seminário integrador, aprofundamo-nos na realização dos mapas conceituais que são representações possíveis de sistemas de significações em relação aos conceitos que estamos estudando. Aprendemos que podemos utilizar o mapa conceitual até mesmo na melhor forma de organizar nosso dia-a- dia escolar.

Na interdisciplina Desenvolvimento e Aprendizagem sob o enfoque da Psicologia II, Identificando epistemologias, entendemos a construção do conhecimento, o construtivismo, a questão da violência na escola. Compreendemos que a partir de observações feitas com crianças, podemos constatar que os valores morais são construídos a partir da interação do sujeito com os diversos ambientes sociais e será durante a convivência diária, principalmente com o adulto, que ela irá construir seus valores, princípios e normas morais.

Concluindo,aprendemos que para favorecer o desenvolvimento da autonomia e de relações mais justas, respeitosas e solidárias é necessário tomar consciência de que a ética e os princípios morais devem estar presentes em todas as dimensões da escola, principalmente no trabalho docente, ou seja, na postura, nos juízos emitidos, na qualidade das relações que são estabelecidas, nas concepções e intervenções diante da indisciplina, das infrações, dos conflitos.

Assim concluímos o sexto semestre com muitas atividades importantes para a nossa evolução como pedagogos.

REFLEXÃO 5º SEMESTRE

No quinto semestre com Interdisciplinas: Projeto Pedagógico em Ação, Organização do Ensino Fundamental, Organização e Gestão da Educação, Psicologia da Vida Adulta e Seminário Integrador V, tivemos uma grande contribuição em nosso aprendizado no que trata da parte administrativa da escola, sua evolução através dos tempos, sua organização, e a legislação vigente, em Psicologia aprendemos a nos conhecer melhores como adultos que somos. À luz da Lei, adulto é aquele que é plenamente capaz e considerado responsável por seus atos. Na psicologia é a fase posterior da adolescência. Como educadores que somos, os desafios são inúmeros, temos como exigências: responsabilidade, competência, generosidade, respeito e muita perseverança, ética nas relações inter-pessoais; honestidade em toda e qualquer situação. Estudamos o momento Histórico segundo Maurice Tardif, no sentido que o momento histórico social define os caminhos da educação, não precisamos passar por civilizações ou nos remeter a história de longa data, pois, nem mesmo é possível em uma classe usar os métodos ao longo dos anos. Pode ser que com determinada turma a forma ideal de tratamento dos mais diferentes temas tenha encontrado eco, ao passado que com outra turma de mesma idade, na mesma escola, não se consiga sequer prender sua atenção. O desafio está em saber que a cada nova turma surgem outras experiências de vida, outros anseios.Mais um semestre seguimos a orientação de Paulo Freire “Onde há vida há inacabamento.”
O mestre escreve sobre a impossibilidade de nos tornarmos seres finitos, que não necessitem de lapidação, o que ele chama de acabamento.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

REFLEXÃO – 4º SEMESTRE

No quarto semestre foi proposta a leitura da obra Pedagogia da Autonomia do autor Paulo Freire, a partir da leitura desta obra seguiu-se a leitura das as demais obras por conta própria. Hoje percebo a imensa contribuição que este autor trouxe na minha caminhada. Compreendi a importância das experiências informais, na sala de aula, no pátio, no recreio e em outros espaços com as disciplinas Educação e Tecnologias da Comunicação e Informação, Seminário Integrador, Representação do mundo pela matemática, Representação do mundo pelas ciências naturais. Representação do mundo pelos estudos sociais.

Paulo Freire ressalta a necessidade de uma reflexão crítica sobre a prática educativa. Sem essa reflexão, a teoria pode ir virando apenas discurso; e a prática, ativismo e reprodução alienada.

Trabalhei com meu primeiro projeto na teoria e na prática criamos uma mini horta escolar, muito embora somente minha turma se engajasse neste projeto, aquele ano eu diria que obtive sucesso esperado, no final do ano consegui distribuir alguns poucos rabanetes, alguns temperinhos e vários pés de alface que conseguimos produzir. Infelizmente não houve continuidade, os meus alunos muito pequenos, algumas tarefas obrigatoriamente tinham que ser executadas por mim a fim de evitar acidentes. O tempo que dispunha foi pouco, ficou impossível, por exemplo, levar comigo 25 alunos para o pátio para ficarem olhando para eu trabalhando. Inúmeras vezes utilizei o horário do recreio para remover pedras e revirar a terra. A terra que havia no local era imprópria para o plantio, quando solicitei ao CPM, trouxeram uma caçamba de terra vermelha própria para aterro com muitas pedras, assim mesmo tentei a compostagem com os restos de cascas sobras na nossa cozinha, mais uma vez eu somente teria que cavar e enterrar. Assim foi ficando exaustivo e aos poucos o projeto foi abandonado. Naquele ano conseguimos fazer uma globalização entre as interdisciplinas do semestre consegui relacionar o tempo, espaço, construímos gráficos de crescimento (matemática, estudos sociais) o crescimento das plantas, a variação do clima, temperatura (Ciências) .

Muitas vezes durante o ano de 2008 ouvia minhas colegas passarem por mim e dizerem: Fazendo um exercício físico? Quando é que vamos comer umas verduras? Sofre escrava!

Em compensação, por parte dos alunos era bem diferente, alunos de todas as turmas paravam para olhar e achavam legal o que estava sendo realizado ali. Alguns perguntavam aos seus professore se iriam trabalhar ali. E os professores apenas sorriam e seguiam seus caminhos.

Por outro lado, com este Projeto colhi excelentes frutos quando ofereci várias oportunidades de aprendizagens que foram vivenciadas pelos meus alunos. Foram explorados conteúdos e atividades correspondentes às capacidades demandadas aos mesmos.Propiciei variedade de recursos, procedimentos e alternativas metodológicas para atender aos diversos níveis de aprendizagem e de dificuldades no interior da turma. Ofereci suficientes oportunidades de revisão e reelaboração das produções dos alunos, com sua intervenção, com trocas recíprocas ou auto-avaliações dos alunos.Todos meus alunos tiveram oportunidade de participar de alguma forma dessas atividades avançando nos conhecimentos e capacidades esperados

Aprendi que o professor não pode se limitar a práticas solitárias, sem parcerias para compartilhar êxitos, dúvidas e conflitos, pois também precisa de acompanhamento apoio e monitoramento. O projeto estaria em pleno desenvolvimento se tivesse tido parceria dos colegas com suas turmas.