sexta-feira, 2 de julho de 2010

Aprendizagens Relevantes do Semestre

Não vi maiores obstáculos em relação às reflexões postadas no Portfólio de Aprendizagens, tendo em vista que o trabalho já vinha sendo desenvolvido no decorrer do estágio. O trabalho maior, realmente, foi fazer as reflexões, correspondências entre as teorias aprendidas no curso e a prática do dia a dia. Algumas vezes houve a necessidade de refazer as atividades, pois misturei os assuntos e foi somente assim que consegui organizar as idéias.

Uma vez postado no Pbworks do estágio, bastou resumir o assunto, e postá-lo no Portfólio. O trabalho das reflexões semanais no Pbworks de estágio facilitou muito para as conclusões finais.

Entre muitas leituras, de diversos autores e muitas reflexões a respeito destas, destaco a mensagem Freire, quando afirma:

“Ensinar não é transferir conhecimento mas criar possibilidades para sua própria produção ou a sua construção.”

As conclusões tornaram-se evidentes, e a razão foi dada ao autor quando o mesmo menciona que, não ensinamos, apenas indicamos os caminhos que já conhecemos e caminhamos juntos com nossos alunos, e muitas vezes aprendemos com eles.

Este foi o maior aprendizado, compartilhamos no curso EAD, com os nossos professores que se mostraram como exemplos do profissionalismo de alto nível, os quais, incansavelmente foram nos indicando vários caminhos a seguir sejam na forma virtual ou presencial, e, diante desta orientação nos guiamos, assim, o estágio curricular seguiu seu curso tranqüilo. Aquela ansiedade de não conseguir, de não dar conta, foi sem dúvida nenhuma amenizada assim, vencemos mais uma etapa.


FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 34º Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996. – (Coleção Leitura)

Visão Geral do Desenvolvimento do Estágio Curricular

O estágio curricular desenvolvido neste semestre foi realizado com minha turma de segundo ano do ensino fundamental, com crianças na faixa etária de sete a oito anos de idade, através da utilização da metodologia alfabetização e letramento, objetivou oportunizar o desenvolvimento de aprendizagens fundamentais de forma lúdica e prazerosa, que fossem acompanhar as crianças em seu nível de desenvolvimento, durante este período, uma vez que alfabetizar letrando é o objetivo não é apenas para cento e oitenta horas e sim iniciou-se em março e será concluído somente em dezembro, sendo ainda objeto de pesquisa do meu TCC no segundo semestre deste ano letivo.

Foram desenvolvidos diversos conteúdos conforme o já estabelecido pela escola como conteúdos mínimos para este período, tais como: alfabeto, numerais, letramento, noções espaciais e temporais, cores, socialização, expressão oral e corporal, entre outros, sempre envolvendo o uso da oralidade, socialização, reflexões, jogos e brincadeiras, literatura infantil, expressão corporal , e diversas formas de arte. Muitas foram as atividades que marcaram as inovações provocadas pelo estágio, resultando em impacto nas aprendizagens para os alunos.

A maior frustração do curso a distância foi não poder neste ano, justamente neste semestre, em fase de estágio final, desenvolver um trabalho utilizando as ferramentas virtuais como meus alunos. O que já vinha sendo planejado nos dois últimos semestres do curso.

Nestes últimos doze anos que trabalho nesta escola, dos quais, seis anos tive a disposição um laboratório de informática, justamente neste semestre não foi possível utilizá-lo por problemas que considero puramente burocráticos, pois lá se encontram 18 máquinas novas que estão paradas desde o início do ano pelo motivo que somente o técnico responsável pode pô-las para funcionar, do contrário, perderão a garantia. E este técnico que não aparece quando eu mais precisei.

Foram pensadas várias formas de Arquiteturas Pedagógicas e estavam muito bem planejadas no papel. Iniciamos em sala de aula nosso PA, os alunos muito empolgados, fizemos levantamento de perguntas, criamos mapas conceituais, formamos os grupos, refinamos as questões de investigação, levantamos as certezas provisórias e dúvidas temporárias, planejamos, elaboramos respostas, fizemos tudo no papel, mas, como educadora, penso que faltou muito, podia ser incomparável se fosse feito com a utilização do laboratório de informática. Concluo, definitivamente com isso, que não vivemos mais sem a tecnologia. Temos tudo o que procuramos na Internet, os livros as revistas para pesquisa são onerosos para as famílias, estas mesmas famílias, tem pouco tempo para com os filhos, como são pequenos não pode reunir-se fora do espaço escolar. Nem todas as famílias possuem computadores e muito menos internet, nem toda professora possui um Notebook. Bem, acredito que no final do estágio nosso projeto Aprendizagem infelizmente ficou mais para um simples projeto pedagógico, do que para projeto aprendizagem propriamente dito, os grupos que eram em número de quatro, acabaram reunindo-se em dois grandes grupos, um com o assunto “projeto conto reconto” e outro com o tema “o que podemos aprender com os gibis”. Os alunos aprenderam muito com os dois projetos, mas, com certeza, se dispuséssemos do laboratório de informática, teria sido a maior inovação pedagógica na sala de aula/escola. Quem sabe o técnico aparece ainda antes do final do ano.

Transtorno a parte, no estágio curricular em si, tudo correu normalmente, houve algumas alterações nos planejamentos. Importante frisar, que durante todo meu trabalho como professora pouquíssimas vezes registrei minha prática relacionada com a teoria de uma forma reflexiva como foi esta que desenvolvemos no estágio curricular, e realmente tive a real noção do quanto aprendemos no decorrer do curso. É no momento que fazemos um paralelo do que estudamos com a prática e, a partir daí tiramos as conclusões, que assimilamos o conhecimento de toda a aprendizagem.